A ala de passista da X-9 vem crescendo a cada ano com muito estilo e figurinos impecáveis nos ensaios e eventos de nossa agremiação.
Cada vez mais a ala das passistas ganha espaço nas escolas de samba. Não apenas pelo número de componentes – 40, 50, ou mais do que isso –, mas pela importância que tem. Funciona, ou deveria funcionar, como uma espécie de laboratório.
Dali saem muitas meninas, especialmente, que mais tarde fazem parte da corte como princesas e rainhas. Incontáveis são aquelas que viram cidadã-samba. Ser passista é um conjunto gestual. Não basta apenas ter samba no pé, é preciso ter graça e sensualidade.
Passista é símbolo da alegria que envolve o Carnaval, potencializa o significado do samba. Nem sempre percebidas pelo público, causam encantamento quando descobertas. São ao mesmo tempo estrelas e coadjuvantes.
Tradicionalmente, elas foram chamadas de cabrochas. Eles, os homens, de bambas. Diferentemente de algumas outras funções nas escolas, a passista nem sempre é paga. No máximo, ganha a fantasia. Com sorte, quando integram o grupo show, consegue uma remuneração. Mas isso é raro.
Muita dedicação, apesar de estar no sangue
Historicamente se entendeu que “o passista nasce feito”, “que está no sangue”, “que é DNA”. Ninguém assegura mais isso.
Assim como em outras atividades, o aprendizado, a dedicação e o acúmulo de experiência mostram que as academias de dança de todo o Brasil contribuem para formar novos passistas.
O passista, na atualidade, é uma das poucas figuras da escola que ainda se define pelo “samba no pé”.
Fonte: Diário Catarinense